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Burnout: Sinais que o RH Deve Perceber e Ficar Atento

Beatriz Bandolin - 1 de setembro de 2023

A rotina de trabalho para qualquer profissão pode ser exaustiva. Ligações, papelada, clientes, contas, computador, enfim, tudo pode parecer muito caótico. O problema é que, quando o trabalho em excesso se torna constante, pode causar uma doença conhecida como síndrome de Burnout.

Sabe aquele dia que só surgem mais e mais demandas? E quanto mais tempo você trabalha, mais coisas aparecem?

Pois é, quem desenvolve a Burnout vive esse dia todos os dias e acaba sendo sobrecarregado.

Como qualquer outra situação relacionada a saúde, a Burnout pode causar sintomas em todas as áreas da vida, é um esgotamento físico, mental e emocional. E, a propósito, esta doença é cada vez mais comum.

Homem branco, simulando a síndrome de burnout. Na imagem, ele está rodeado por celular, papéis, computador e pessoas, simulando a sobrecarga de trabalho.
Trabalho em excesso pode te levar ao Burnout | Fonte: Freepik

Dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), por exemplo, mostram que aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome.

Muita gente, né? Por isso, é importante que o RH fique atento aos sinais para agir o mais rápido possível.

Quando o estresse, as dores musculares, o isolamento e outros sintomas se tornam constantes, acenda o alerta vermelho!

Para ajudar, preparamos este conteúdo explicando melhor quais são, como prevenir e curar os sintomas da Burnout. Vamos lá!

Neste artigo você encontra

O que é a síndrome de Burnout?

Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional em 2022.

Isso significa que os sintomas causados pelo trabalho em excesso podem – e devem – ser tratados como outras doenças e acidentes originados do trabalho.

Sendo assim, o funcionário tem todos os direitos trabalhistas e previdenciários garantidos após o diagnóstico de Burnout.

Ao ser diagnosticado com a doença, o funcionário precisa se afastar do trabalho e a empresa é quem fica responsável por continuar pagando o salário de forma integral – durante 15 dias. Depois desse período, é preciso seguir as regras do INSS.

  • Após 15 dias, a pessoa recebe o Auxílio Doença, no valor de 1 salário mínimo.

Já vamos falar sobre os sintomas, mas, antes, é preciso lembrar que o diagnóstico oficial de qualquer problema de saúde deve sempre ser feito por um profissional especialista – nesse caso, psicólogo, neuropsicólogo e/ou psiquiatra.

Sintomas da Burnout: como perceber, tratar e prevenir

Bom, entender quais são os principais sintomas é o primeiro passo para prevenção e cura.

Depois, é necessário se manter sempre atento e deixar um canal de comunicação aberto com todos da empresa.

Se você identificar alguns desses sintomas em um colega de trabalho, converse com ele e indique uma consulta no psiquiatra e/ou psicólogo.

Apenas esses profissionais podem definir se um sintoma é realmente Burnout.

Ok, vamos descobrir quais os 16 sintomas principais da síndrome de Burnout – segundo o Ministério da Saúde:

1) Dificuldade de concentração;

2) Isolamento;

3) Dor de cabeça frequente;

4) Alterações no apetite;

5) Negatividade constante;

6) Alterações repentinas de humor;

7) Sentimento de fracasso e insegurança;

8) Sentimento de incompetência;

9) Dores musculares;

10) Fadiga;

11) Cansaço físico e mental excessivo;

12) Insônia;

13) Sentimentos de derrota e desesperança;

14) Pressão alta;

15) Problemas gastrointestinais.

16) Alteração nos batimentos cardíacos.

Reforçando: Mesmo que todos os sintomas se manifestem, não faça o autodiagnóstico e nem dê o diagnóstico para outra pessoa. Procure a ajuda de um profissional, que poderá indicar o melhor tratamento.

E qual é o tratamento para a síndrome de Burnout?

Nos casos mais leves, a psicoterapia é suficiente para tratar e curar a Burnout.

Aliados a atividades físicas e um período de férias, a síndrome dura apenas alguns meses.

Casos em que o doente não segue o tratamento corretamente pode levar ao agravamento – causando depressão, por exemplo. Por isso, é fundamental tratar a síndrome desde o início.

Como evitar um Burnout?

Grande parte da responsabilidade para evitar a síndrome de Burnout está nas mãos da empresa. Criar um ambiente saudável, com metas atingíveis, menos estresse e pressão é essencial.

Para os gestores e o RH, também vale fazer campanhas de conscientização sobre a saúde mental como um todo, abrir espaço para receber feedbacks individuais e coletivos e sempre ouvir o que os colegas têm a dizer.

Há, ainda, algumas coisas que os próprios funcionários conseguem fazer para tornar o dia a dia mais saudável. Olha só as nossas dicas:

  • Atividades de lazer com amigos e família – como ir ao cinema ou passear em parques;
  • Sair da rotina durante a semana – como almoçar em lugares novos, tomar um café da manhã diferente ou passear com o cachorro;
  • Conversar sobre seus sentimentos com pessoas de confiança;
  • Fazer qualquer atividade física regularmente – andar de bicicleta, caminhar, correr, nadar, jogar futebol, as opções são infinitas. 😉
Homem e mulher praticando um esporte, a corrida, mostrando a importância do esporte para prevenir o burnout.
Praticar esportes pode melhorar a saúde em todos os sentidos | Fonte: Freepik

Importância da saúde mental no trabalho

O Relatório Mundial da Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em junho de 2022, mostrou que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade – incluindo ausências, baixa produtividade e desligamentos.

De fato, cuidar da saúde mental no trabalho pode impactar positivamente a vida pessoal de cada um dos seus funcionários, mas também ajuda a parte econômica da empresa.

Veja só: um funcionário com síndrome de Burnout diagnosticada precisa pegar 15 dias de licença remunerada.

Será que todas as horas extras e a pressão valeram a pena? Agora, todo o trabalho excessivo foi perdido.

Vale muito mais a pena investir na saúde física e mental, aumentando a produtividade naturalmente, sem exageros.

No mesmo relatório, a OMS indicou os benefícios na saúde e econômicos de se investir na qualidade de vida. Confira:

Impactos na Saúde:

  • Diminui o número de mortes e invalidez;
  • Aumenta a expectativa de vida;
  • Aumenta a saúde de pessoas próximas.

Impactos Econômicos:

  • Diminuição nos custos de assistência médica;
  • Aumento de produtividade;
  • Aumento nos investimentos;
  • Diminui a quantidade de desligamentos.

As dicas para se cuidar e cuidar das pessoas que trabalham ao seu lado, você já sabe.

Agora, é preciso colocar em prática e observar os resultados positivos na vida dos funcionários e na empresa.

Setembro Amarelo e o RH

Você sabia que existe um dia e um mês de conscientização contra o suicídio?

A fim de chamar a atenção dos governos e da sociedade, a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio estabeleceu – com apoio da OMS – o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Já a campanha do Setembro Amarelo acontece durante o mês inteiro.

Com o lema “Se precisar, peça ajuda!” em 2023, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) devem seguir realizando ações por todo o país.

Para além das campanhas nacionais, estaduais e municipais, é importante que cada empresa faça a sua própria campanha. Saúde mental é tão importante quanto a física!

Indicar a relevância da saúde mental aos funcionários – e deixar claro que cada um deles pode contar com os gestores, o RH e os colegas – pode fazer toda a diferença.

Mão de pessoa branca segurando o laço amarelo, símbolo da campanha do setembro amarelo. A síndrome de Burnout também pode ser abordada durante esse mês em empresas.

Neste post conhecemos um pouco mais sobre os sintomas da Síndrome de Burnout e a importância da saúde mental como um todo nas empresas.

Esperamos que o conteúdo tenha sido útil!

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Redação Euro Contábil
Beatriz Bandolin | Jornalista e Redatora SEO no Blog Euro Contábil

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